Sua mãe não é obrigada a te amar e você é obrigado a amar sua mãe. Falar isso pode soar estranho porque socialmente esperamos que exista amor mútuo entre pais e filhos, mas esse amor profundo e incondicional pode não ser despertado em muitas mulheres. O mesmo se aplica aos filhos, que podem não amar seus pais. Afinal damos o que recebemos não é? Quando se trata da figura materna, existem alguns preceitos culturais que foram estabelecidos, isso de muito tem haver com a influência cristã, que nesse aspecto idealiza a figura materna a semelhança de Maria mãe de Cristo, aquela que amou seu filho, semelhante ao amor de Deus por nós. A partir disso criamos alguns ideais de amor materno que muitas vezes não são correspondidos. Mulheres não são obrigadas a terem filhos tão pouco amá-los. Mas é digno não tê-los e poupar crianças de um lar sem amor e repleto de traumas. No meu consultório eu frequentemente recebo pacientes que sofrem com a rejeição dos pais, a rejeição de qualquer um dos progenitores por si é problemática, mas mães que rejeitam ou maltratam seus filhos tem um peso psicológico muito maior… até mesmo pelo apelo social e a projeção que temos ao amor materno. Isso também vale para as mães que demonstram ter seus filhos favoritos e que escancaradamente amam mais uns do que os outros. O resultado dessa relação geralmente é permeada por traumas e frustrações que se traduzem em uma personalidade com problemas de autoimagem, relações amorosas problemáticas, insegurança, desconfiança e muitos outros aspectos.
Certamente a sensação de não ser amado pelos pais é esmagadora, mas o melhor modo de superar isso é aceitar a impossibilidade de mudar os outros e focar apenas em si próprio!
Você não é obrigado a honrar algo que não conheceu, não se sinta culpado por cortar o contato se acredita que isso vai ser melhor para você. Tente se preservar e não reproduzir o mesmo “amor nocivo” que recebeu
