A psicanálise contemporânea baseia-se em uma abordagem que busca integrar os fundamentos teóricos da psicanálise clássica com as descobertas científicas atuais incluindo estudos com evidências e comprovação científicas.
Assim como outras áreas do conhecimento, a psicanálise evoluiu ao longo do tempo, diferentes autores e contribuíram para o campo, incluindo a integração da neurociência.
História da Psicologia e da Psicanálise: Fundamentos do Conhecimento da Mente Humana
Vamos considerar um princípio fundamental “O conhecimento está em constante evolução” Isso é verdade e cabe para todas as áreas da ciência. Nesse sentido, as concepções de Freud (1856 – 1936) foram amplamente superadas e modificadas pelas novas descobertas obs: isso não exclui as imensas contribuições que Freud fez para a psicologia mas devemos considerar as contribuições científicas para aprimorar nossas técnicas profissionais.
A psicanálise contemporânea passou por transformações significativas, tornando-se mais empírica e rigorosa em relação às evidências científicas . A partir dos anos 80, deixou de se fundamentar exclusivamente na prática clínica e estabeleceu colaborações com renomados centros de pesquisa universitários, além de ampliar sua presença em publicações científicas. Esse aumento significativo no volume de publicações reflete o compromisso da psicanálise em incorporar descobertas da neurociência, muitas vezes utilizadas para confirmar suas hipóteses e fortalecer suas bases teóricas.
A psicanálise contemporânea não é dividida em várias abordagens, tornou-se homogênea, abrangendo diversas regiões do mundo, sem os regionalismos da psicanálise antiga “tradicional”
Avanços científicos recentes fortalecem a base empírica da psicanálise contemporânea
A psicanálise contemporânea baseia-se em uma abordagem que busca integrar os fundamentos teóricos da psicanálise clássica com as descobertas científicas atuais. Autores renomados têm explorado essa relação e contribuído para a compreensão da psicanálise à luz da evidência científica.
Na Inglaterra, John Bowlby, conhecido por sua teoria do apego, estabeleceu uma conexão entre os vínculos afetivos e o desenvolvimento emocional. Seus estudos influenciaram a compreensão dos processos de vinculação e suas implicações clínicas.
Peter Fonagy e colaboradores, também na Inglaterra, contribuíram para a teoria da mentalização, que envolve a capacidade de compreender e interpretar os estados mentais de si mesmo e dos outros. Essa abordagem, explorada tanto na psicanálise quanto na neurociência, tem aplicações clínicas relevantes.
Na Holanda, Bessel van der Kolk tem se dedicado ao estudo do trauma e do transtorno de estresse pós-traumático. Sua pesquisa integra conhecimentos da psicanálise com a neurociência, examinando como o trauma afeta o funcionamento cerebral e o desenvolvimento psíquico.
Nos Estados Unidos, Nancy McWilliams aborda a psicanálise de forma integrativa, combinando teoria psicanalítica com pesquisas empíricas contemporâneas. Sua abordagem enfatiza a importância de considerar a diversidade e a complexidade da experiência humana na prática clínica.
Esses autores, juntamente com outros como: Daniel Stern, Sidney Blatt, Glen Gabbard, Otto Kenberg, Mardi Horowitz e outros, têm contribuído para a integração entre a psicanálise contemporânea e a evidência científica. Eles exploram como os conhecimentos da neurociência, das ciências sociais e das pesquisas empíricas podem enriquecer e aprimorar a teoria e a prática psicanalíticas.
É importante destacar que a psicanálise contemporânea valoriza tanto a tradição clínica quanto a integração com a pesquisa científica. Ela reconhece a importância das evidências científicas para embasar suas práticas, ao mesmo tempo que valoriza a complexidade da experiência humana, que nem sempre pode ser totalmente capturada por métodos de pesquisa empíricos.
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